DESESPERO DAS PULGAS
Quando vejo o desespero de quem julga
Que o pensamento mor de uma nação
Morde com ternura e com tesão,
Cansado o velho cão da podre pulga
Resolve sem grilhões seguir liberto,
E o carniceiro atroz, acostumado
Ao sangue dos humildes derramado,
Mantendo o ferimento sempre aberto.
A voz do povo outrora um oprimido
Retumba como fosse novidade
E o abutre sem saber saciedade
Se sente, sem a máscara ofendido.
Não conhecem sequer o sertanejo,
História? Ou não leram ou têm pejo.
MARCOS
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