NÃO ME BASTARIA
Não me bastaria alguma farsa
Tampouco o que jamais eu beberei,
Um vassalo, um bufão jamais um rei,
Prefiro ser da súcia algum comparsa,
A marca de uma fera não disfarça
O verbo que jamais executei,
O amor quando no fundo, nada sei,
Palavra sem sentido em qualquer Barsa.
Ourives deste esterco que me resta,
Observando o vazio pela fresta,
A festa pouco importa, morta a luz.
Não quero mais saber do quanto reste,
Mortalha me servindo como veste,
O féretro, eu carrego feito em cruz.
MARCOS
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