domingo, 26 de outubro de 2014

SOBRE O NADA

Transitando sobre o nada
Caminhando entre os espinhos
Tanta pedra nos caminhos,
Sem futuro a minha estrada,

Onde o sonho fez morada,
Os meus dias são sozinhos
E se nada traça os ninhos,
No vazio uma pousada,

Morte chega e, de repente
Noutro prumo o que se sente,
Um alívio sem igual,

Onde quis a festa imensa
Todo dia me convença
Só restando o funeral.

MARCOS LOURES

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