SATÂNICO
Nas mãos deste satânico canalha
O beijo de quem ama sem limites,
Jamais sem ter sequer quem delimites
Expressas o que a fonte amarga espalha,
Aguardo uma estocada, outra navalha,
Mortalha se mostrando onde credites
O todo que sem fim sempre acredites
Enquanto uma defesa tola falha,
Não quero outro sinal tampouco possa
Transporto dentro da alma a imensa fossa
E o fogo se espalhando em fúria e pânico,
Sorriso tão jocoso num alforje
Mostrando que quem ama, ao fundo, forje,
Tramando um ledo engano messiânico...
MARCOS LOURES
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