O QUANTO RESTA
Viver o quanto resta e; simplesmente,
Ousar na coerência de imbecis,
Meus versos que pareçam toscos, vis,
Refletem o que possa em podre mente
Remeto ao meu passado e me percebo,
O velho carcomido por engodos,
E jogo fora os sonhos, podres lodos,
A cada novo tapa que recebo;
Não quero nem pretendo ser além
Do vago que cultivo a cada frase,
Enquanto o trem não vem e a morte atrase
Apenas o mergulho ao nada vem.
E bebo neste cálice a cicuta
Que faz da própria vida, mãe e puta...
MARCOS LOURES
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