VELHOS DEUSES
Os famintos, ébrios miseráveis,
Prostituídas esperanças pelas ruas
E as velhas rapineiras, rudes, cruas,
Nas fúrias-preconceito- insaciáveis,
Os vermes comem restos intragáveis
E em sórdida presença continuas
Nas missas almas podres seguem nuas
Pagando seus pecados impagáveis.
Não mais imaginar outro cenário
Há tanto desenhado e refletindo
O imundo ser humano, produzindo,
O esterco aonde um deus é necessário,
Percebo que os milênios se refletem
Nos deuses imbecis que se repetem.
MARCOS LOURES
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