segunda-feira, 27 de outubro de 2014

NÃO SOU TOLO

NÃO SOU TOLO

Não quero mais falar do quanto houvera,
Tampouco renegar o que já fiz,
Etéreo coração, velho aprendiz,
Aprende co’o rugir da torpe fera,

Marcar com sangue e neve a primavera,
Gerando o desespero donde eu quis
Viver um dia manso e mais feliz,
Embora a solidão espreite e espera.

Um coração vermelho não suporta
A mendicância morta à sua porta,
E sabe dos canalhas disfarçados.

Reparto o velho pão com a alma mansa,
E sei do quanto o sonho, vai e alcança,
Ainda quando os pés são maltratados...

MARCOS

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