ENVELHECIDO
Envelhecido, eu sigo o meu caminho,
Sabendo ser bem curta a minha estrada,
Do todo quanto houvera o quase nada
Expressa o retornar ao velho ninho,
Um sonho quando feito passarinho
Jamais se negaria à caminhada
A mão sangrando mostra, calejada,
O verso que quisera fora vinho,
Envelhecido corpo de quem busca
Vencer a sordidez, imagem brusca,
Num tempo pelo tempo apodrecido.
Porém ergo a cabeça e me retrato,
As rugas no meu rosto, eterno fato,
Mas o peito jamais envilecido...
MARCOS LOURES
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