Viver neste país sem ter alento,
Restando alguma fresta aonde havia
A luta desenhada em tez sombria,
Sobrando no final o desalento,
Repito cada engodo e bebo ao vento
Palavra sem destino, sem futuro,
E sigo mesma face, o solo duro,
E não sequer nem mais eu tento.
Quebrantos dominando todo engano,
E na verdade sigo, sem um plano
Que possa traduzir onde fartura
Não quero descansar, mas nada tenho,
E peço apenas nova estrada, e sigo,
Ainda que; pudesse algum abrigo...
MARCOS LOURES
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