Toma-me; em delírios, ilusões,
Ousando perceber nova incerteza,
E sinto na verdade outra beleza,
Deixando para trás, trem e vagões,
A fútil caminhada, os corações,
O peso de uma vida com tristeza,
A sorte se desenha, em correnteza,
Os ventos me trazendo em explosões.
Os meus braços cansados, mesmo assim,
Vivendo por tentar o quanto enfim,
Paisagens refletidas do que tramas.
As horas se desnudam, vou sem rumo,
E tanto que; tentasse, eu nada assumo,
Nas sendas mais temíveis, estas chamas...
MARCOS LOURES
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