Depois de tantos sonhos, nada resta,
Apenas os canalhas dominando,
Os deuses do poder, na certa em bando,
Tramando a farsa, a corja toma e infesta,
Demônio a cada instante, sempre gesta,
O quanto se delira demarcando,
Vertentes da esperança? Vão matando,
O feto desnutrido a rês funesta.
É sempre assim igual eternidade,
Destroços; são comuns, eu sei,
Apedrejada a corja mata o rei,
E toma noutra instância; falsidade,
E vejo pelas praças, as arenas,
Vibrando com prazeres, as hienas...
MARCOS LOURES
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