segunda-feira, 2 de abril de 2018

HIENAS

Depois de tantos sonhos, nada resta,
Apenas os canalhas dominando,
Os deuses do poder, na certa em bando,
Tramando a farsa, a corja toma e infesta,

Demônio a cada instante, sempre gesta,
O quanto se delira demarcando,
Vertentes da esperança? Vão matando,
O feto desnutrido a rês funesta.

É sempre assim igual eternidade,
Destroços; são comuns, eu sei,
Apedrejada a corja mata o rei,

E toma noutra instância; falsidade,
E vejo pelas praças, as arenas,
Vibrando com prazeres, as hienas...

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: