Eu quero o teu amor, mesmo que ausente,
Vagando pelos sonhos, sem pousada...
Encosto minha boca e se pressente
Que tanto que te amei, foi quase nada...
Mas quero teu amor, vivo e sedento,
Escorre minha vida pelos dedos.
Ardendo um coração em fogo lento,
Na voz quase serena, meus segredos...
Deitado, sem saber sequer o sono,
Espero pelo toque que não vem...
Aguardo tão vazio, no abandono,
Na porta que entreabro vem ninguém...
Mas saiba que te espero e não me canso...
Terei, quando vieres, meu remanso...
MARCOS LOURES
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