terça-feira, 3 de abril de 2018

REMANSO

Eu quero o teu amor, mesmo que ausente,

Vagando pelos sonhos, sem pousada...

Encosto minha boca e se pressente

Que tanto que te amei, foi quase nada...


Mas quero teu amor, vivo e sedento,

Escorre minha vida pelos dedos.

Ardendo um coração em fogo lento,

Na voz quase serena, meus segredos...


Deitado, sem saber sequer o sono,

Espero pelo toque que não vem...

Aguardo tão vazio, no abandono,


Na porta que entreabro vem ninguém...

Mas saiba que te espero e não me canso...

Terei, quando vieres, meu remanso...

MARCOS LOURES

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