ELA É INACEITÁVEL
Por que aceitá-la se ela é uma intrusa?
Arrogante e soberba entra onde quer
Através dos vários meios que ela usa
Alcança o rico, o poderoso e o ralé.
Quando aparece ou chega de mansinho
Ou se apresenta de maneira que espanta
Vem à noitinha e às vezes bem cedinho
Ao meio dia, tardezinha ou pelas tantas.
Seu aspecto é bem amedrontador
Não tem aquele que dela se escafeda
E quando chega ela causa muita dor
Pra escapar de sua lábia só por sorte
Todos ao vê-la sentem medo e pavor
Nem a vida aceita a própria morte
NATHANPOETA
Percebo quando chega de mansinho,
E adentra; sorrateira, o apartamento,
E como se fizesse algum carinho,
Chamando-me atenção por um momento.
Às vezes nos espreita no caminho,
Ou pega de surpresa; num tormento,
A morte, num rompante, faz seu ninho,
E espalha entre alguns, dor e lamento...
Mas sei que dela não escaparei,
Apenas adiando a sua vinda,
Inevitável norma, dura lei,
Antítese da vida; se confessa,
Pois quando uma termina e já se finda,
A morte ao mesmo instante, ela começa...
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