sábado, 22 de outubro de 2011

RENOVAÇÃO

Erguendo-se das cinzas e do pó,
A vida se refaz da podridão,
O corpo se inserindo num caixão,
Inerte e eternamente, segue só,

Sem medo, sem pudores, vai sem dó,
Aos vermes tal poder: renovação,
As almas seguem fátua procissão,
Refeito novamente o antigo nó:

Nascer, crescer, viver e enfim morrer,
Neste moto contínuo segue a vida,
A carne no sagrado apodrecer

Ensina a conhecer esta verdade,
Minha mente se sente convencida:
Existe, na matéria a eternidade...

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