sábado, 22 de outubro de 2011

ERROS

ERROS


São tantos os pecados que confesso,
Após as virações, o barco segue,
No amor e no perdão, tento o progresso,
Porém meu coração já não consegue...

Carrego no meu peito, a antiga chaga
Herdada desde o Gênese: o desejo.
Que nem mesmo a verdade plena apaga,
Apenas vislumbrando algum lampejo

De luzes nesta treva em que caminho,
Fazendo do pecado a minha história.
O meu final, decerto, tão sozinho,
A morte então será, última glória;

As bênçãos do Senhor; eu as perdi,
Num mundo que sem paz, eu concebi...

Um comentário:

Gonçalves Reis disse...

Querido mestre é com satisfação que leio mais um grande soneto seu. Parabéns! Abraço do Gonçalves.