ERROS
São tantos os pecados que confesso,
Após as virações, o barco segue,
No amor e no perdão, tento o progresso,
Porém meu coração já não consegue...
Carrego no meu peito, a antiga chaga
Herdada desde o Gênese: o desejo.
Que nem mesmo a verdade plena apaga,
Apenas vislumbrando algum lampejo
De luzes nesta treva em que caminho,
Fazendo do pecado a minha história.
O meu final, decerto, tão sozinho,
A morte então será, última glória;
As bênçãos do Senhor; eu as perdi,
Num mundo que sem paz, eu concebi...
Um comentário:
Querido mestre é com satisfação que leio mais um grande soneto seu. Parabéns! Abraço do Gonçalves.
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