quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quando vim do sertão

Quando vim do sertão trouxe saudade,
Do canário da terra, coleirinho,
Um sabiá perdido na cidade,
Amor me maltratando, vagarinho...

Depois de conhecer simplicidade
É tão duro saber que se é sozinho,
Aqui eu conheci a falsidade,
Como dói passarim fora do ninho...

Eu trouxe tanta coisa no bornal,
A foto amarelada de Maria,
As lembranças da fruta no quintal...

A manga, guariroba, a melancia,
As águas do riacho, qual cristal,
Somente dor restou, dessa alegria...

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