quarta-feira, 5 de outubro de 2011

AS MARCAS SANGRENTAS DO PASSADO

Tenho as marcas sangrentas do passado,
Cicatrizes no peito sofredor,
Quisera ter vivido do teu lado,
As horas mais difíceis, meu amor...

Estás tão diferente, tenho andado
Em busca do que fomos, onde for.
Nada além me restando, nem bocado
Do sonhos que sonhei, fui sonhador!

Sentindo o bafejar da morte vindo,
Pretendo adeus num último soneto,
Que seja a solidão da dor se abrindo,

Derradeira loucura que cometo,
Quero morrer nos braços, sonho lindo,
Dessa mulher que amei, isso eu prometo!

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