Ao ler teus versos soltos pela casa,
Arsênico, eu bebi em cada frase,
Embora tantas vezes, dura brasa,
Não vejo mais motivos que me apraze
O tempo na verdade não se atrasa
Nem mesmo me permite que me abrase
Tentando disfarçar que na tua asa
A morte não permite que se atrase.
Nas vespas de teus lábios, meu remédio,
Nas térmitas que invadem meu jardim,
Amor que se tornou imenso tédio,
Afoga uma esperança e traz no fim
O beijo da serpente, num sorriso,
Fazendo deste inferno, um paraíso...
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