Segredos espalhados pelos cantos,
Nos cofres da esperança um verso fútil
Versando sobre medos, desencantos
Meu canto se tornando quase inútil.
Não posso mais ousar sequer um sonho,
Aguço meus sentidos e não vejo
Sequer o quanto tive de medonho
Matando numa tarde o meu desejo
De ser além do cais distante e frio,
Marcado pelas pústulas desta alma
Que segue em procissão mundo vazio.
Nem mesmo um falso amor inda me acalma.
Nos traumas que carrego, cego e vago
Apenas da serpente sinto afago...
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