A merencória lua em noite pálida
Deitando em seus luares bela prata,
Amor que se fazendo de crisálida
Nascendo novamente, o sonho mata.
Beleza tão sutil, intensa e cálida
Calada, nada mostra e me arrebata,
A noite que se fora assim, inválida,
Tomando por refém palavra ingrata
Noctâmbula alegria se desfaz,
Esperança tropeça e quase cai,
Prazer que em vago rio já se esvai
E nada do que fomos, noite trás
Apenas o vazio deste cálice
Mostrando o derradeiro e fino cale-se!
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