Encontro no teu corpo mil bemóis
Dedilho meus prazeres nos arpejos,
Bebendo a plenitude destes sóis
Acendo em noite insana meus desejos,
Altares emolduras, teus atóis,
Nas tramas ensandeces relampejos
E sob a maciez, nossos lençóis,
De tua carne bela, meus solfejos.
Na lira que se expõe, desnuda e rara,
A pérola que entranha insensatez.
Do cálice, um absinto, embriaguez,
No ópio de teu corpo, amor se ampara
Numa alucinação etéreas sendas,
Enquanto aos borbotões, tu me desvendas...
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