Amiga, em paisagens diferentes
No furta-cor dos olhos, céu e breu,
Tu sabes quantas vezes já pressentes
O mar do amor imenso que perdeu
Navego pelas fozes que entre dentes
Destino sem cadência enfim mordeu.
Prazeres nesta vida são urgentes
Demente, o meu olhar procura o teu.
Apunhalando a sorte de não ser
Açodo o doce açude da ilusão
Olhando de soslaio posso ver
O quanto é necessária esta emoção
Que mata, tão somente por prazer
E molda na amizade a solução...
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