No sítio destinado ao meu amor,
As nuvens transformadas em tormenta,
Em raios despencando, o meu pavor,
Quem ama simplesmente não agüenta.
E sofre sem ter nada a seu favor.
A chuva desabando me atormenta
Dando-me a sensação de desamor.
Aumenta a solidão, é morte lenta...
A dor tão violenta, já se atreve
Erguendo sua voz, nada mais teme.
Nos olhos transbordados, tanta neve...
Parece que isso, há tempos, foi escrito
Por mãos mais infelizes. A alma geme
No vento. Cada raio, mais um grito!
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