Patrão, eu te garanto que essa moça
Não foi embora apenas por querer,
Verdade se quebrando feito louça
Não deixa a realidade perceber.
Dos olhos de quem chora forma a poça
Molhando a vida inteira, o meu sofrer.
Na solidão terrível da palhoça
Apenas velha lua eu posso ver.
Cheguei neste sertão faz tanto tempo,
A seca não passou de contratempo
Os olhos não pararam de chorar.
Eu peço um só momento de atenção,
Escute estes meus versos meu patrão
Os derradeiros que eu irei cantar...
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