O peso da saudade me esmigalha,
Transforma a minha força em simples pó
Restando-me somente esta mortalha
Lembrando-me, cobrindo, que estou só.
Não tendo o refrigério da navalha
O mundo me tragando, duro mó,
Não quero que tu sintas nem mais dó,
Nem mesmo a morte vem e me agasalha
Meus olhos embotados, na verdade,
Apenas refletindo a mocidade
Perdida há tanto tempo, no passado.
Refém de uma ilusão; sinto saudade
Do pouco que bebi da liberdade
Deixando-me p’ra sempre, embriagado..
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