Em todos os estúpidos altares
Voando em asas falsas, alvos anjos,
Nas hóstias todas brancas, lupanares.
Nos olhos de quem trama seus arranjos
Distintos elementos nos olhares.
Ao perceber terríveis desarranjos
Apodrecendo as frutas dos pomares.
Nas cítaras, violas, liras, banjos
Uníssona canção para entoares.
Nas serpes os venenos são iguais,
Assim também encantos e louvores
Não devem distinguir nem raça ou cores,
Embora estes meus versos tão banais
Pressentem esta dura insensatez
Levando a diferenças pela tez...
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