AINDA MATO NO PEITO E SIGO O JOGO
A pedra que atiraste; agora eu vejo,
Sequer causou estragos no telhado,
Assim embora mesmo amordaçado,
Apregoando as tramas de um desejo,
Pousando no que possa em novo ensejo
Versejo quando trago sempre alado
O velho coração acostumado,
Com todas as facetas de um lampejo.
Esbarro neste barro feito em nós,
Escarro e meu cigarro vem após
As tantas e cruéis vicissitudes,
Não quero, na verdade ser ninguém,
Somente o ser jamais ora convém,
À toa, por sinal, me desiludes.
Marcos Loures
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