sábado, 30 de junho de 2012

SOLITÁRIO

SOLITÁRIO

Cismando pelas ruas, solitário,
Recebo o vento amargo da ilusão...
A vida vai expondo o meu calvário
Formado pelos braços da paixão.

Amar assim demais é temerário,
Dizia a sábia voz do coração.
Amor que não respeita calendário,
Causando a cada dia uma explosão...

Recebo tua carta, marinheira,
Que busca em cada porto uma alegria.
Embora reconheça verdadeira

Esta emoção que dizes em teus versos.
Eu peço meu amor, bem que podia,
Deixar os outros mares tão dispersos...

MARCOS LOURES

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