sábado, 30 de junho de 2012

SEXTINA 15 EXPLODINDO NO PEITO

SEXTINA 15 EXPLODINDO NO PEITO


Ao explodir no peito como espuma
Saudade diz do sonho em leda praia
E o quanto não pudesse em rochas, pedras
Trazendo a solidão para quem ama,
No todo se transforma e nada vejo
Somente o que pudera e não teria.

O quanto deste sonho enfim teria
E nada mais gerasse além da espuma
E nisto quanto mais procuro e vejo
As ondas espalhando sobre a praia
Traçando uma ilusão para quem ama
Deixando este caminho sobre as pedras.

Os dias imagino e adentro as pedras
E nada mais pudera nem teria
E sei do quanto a vida se faz ama
Tramando apenas todo que se espuma
Reflete o sol imenso sobre a praia
E após o que viria nada vejo.

Ainda que pudesse tento e vejo
Alçando este caminho em duras pedras
Buscando descansar em lua e praia
Que sei já não concebo e nem teria
A sorte se desenha qual espuma
E traz a solidão para quem ama,

O medo traduzisse o quanto se ama
E sei deste cenário aonde eu vejo
Meu canto se perdendo em leda espuma
Jogando uma esperança sobre as pedras
E apenas no final tanto teria
A solidão imensa desta praia,

A vida retornando sempre à praia
Negando uma alegria diz quem ama
E o todo que buscara não teria
Sequer o quanto quero e não mais vejo
As horas desenhando sobre as pedras,
Ousando a cada engodo nova espuma.

O quanto desta espuma toca a praia
E explode sobre as pedras, e quem ama
Ainda quando a vejo, eu não teria.


MARCOS LOURES

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