SOBRAS DE UM SONHO
Jamais serei poeta e nem pretendo,
Pousando noutra esfera, sou apenas
No verso envelhecido que condenas
O mundo sem sentido, se perdendo,
E quando se fizer algum adendo
Aos olhos de quem vendo novas cenas
Expressam solidões, onde serenas
Versões traçando espúrio dividendo,
Restasse alguma voz já sem sentido,
E quando na verdade o que ora olvido
Transcendo ao quanto resta deste sonho,
Mesclando estas visões com a verdade,
A sobra pouco a pouco se degrade
E nela o quanto fui, de fato eu ponho.
Marcos Loures
Um comentário:
Certa vez,
Um amigo meu, me perguntou:
Cara amiga, você é poeta?
Surpresa, lhe respondi com outra pergunta.
Meu caro,
quando olhas para o Mar, o quê você vê?
Olhou-me, estufou o peito, e respondeu:
... Vejo muita água, é água a perder de vista!
Foi aí que respondi sua pergunta.
Nesse caso sou poeta!
O que vejo é o balanço das ondas,
Cada uma se exibe a seu modo com seu bailado, ora manso, ora raivoso.
Vejo o azul do céu nele refletido.
O reflexo do Sol tingindo de dourado, com seus raios coloridos.
Me emociono, quando ele se despede,
para trazer esplendorosa sua amada Lua,
Que renasce todas às noites neste Mar.
Olho o Mar, e vejo vida.
Ele sorriu, e disse:
Tivesse tempo, passaria à noite inteira, a ouvi-la.
Marcos,
Tivesse eu tempo,passaria o que resta ele
acarinhando tua Poesia...
Regina cnl.
16:11 26/06/2012
Um ser às vezes racional, Outra deixo-me levar pelo vento.
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