quarta-feira, 27 de junho de 2012

SEXTINA 6 EM DOR E MEDO

SEXTINA 6 EM DOR E MEDO


Um dia poderia em dor e medo
Alçar além do cais que se aproxima
O tempo na verdade dita a rima
E o quanto se traduz neste degredo
Ousando com firmeza num segredo
O todo desenhando em duro clima,

A vida modifica o velho clima
E traz no meu olhar o imenso medo
E nada do que possa num segredo
Traçar o quanto em nós dita e aproxima
O tanto se desfaz neste degredo
E a luta renegando qualquer rima.

Meu sonho na verdade não mais rima
E nega o que pudesse em frágil clima
Tramando tão somente este degredo
E nisto se resume o imenso medo
E quantas vezes vejo e se aproxima
Trazendo uma esperança em tal segredo.

A vida não traduz novo segredo
E quando a sorte molda a paz em rima
A luta num caminho se aproxima
Mudando com certeza todo o clima
E traça neste olhar o mundo e o medo
Marcando a cada instante outro degredo.

A sorte desenhada no degredo
Expressa o dia a dia em tal segredo
E gera ao caminheiro o imenso medo
E toda esta ilusão enquanto rima
Negando o que pudesse, novo clima
Aos poucos do vazio se aproxima.


Meu canto do vazio se aproxima
E gesta o desengano de um degredo
E trama com firmeza o velho clima
Sabendo do que possa este segredo
Tentando controlar a luta e rima
O amor que tanto quis com todo o medo.

Não vendo quando o medo se aproxima
A luta diz da rima e no degredo
O mundo num segredo traça o clima.

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