Algum Sorriso
Ainda quando sinto a mão terrível
Da velha e caricata farsa em nós
Vertendo a cada instante em leda foz
O mundo outrora amável e invencível
O quanto deste encanto é perecível
Enfrento a face rude e até feroz
Emaranhado feito em laços, nós,
E o medo se tornando ora plausível.
Esgoto minha força e nada vejo
Sequer a menor sombra de um desejo
Na maculada senda e me deparo,
Depois de tanto tempo em tal batalha,
Meu canto no vazio enfim se espalha
E algum sorriso ao fim se torna raro...
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário