Sem Paz
Na morte a paz que tanto desejaste,
O fim num recomeço auspicioso
Trouxesse pelo menos algum gozo
Depois de tanto tempo em vil desgaste,
A sorte se desmembra de tal haste
E o temporal se mostra caprichoso,
Navego por cenário majestoso,
Porém a vida enceta tal contraste,
Delegas o que podes e prossigo,
Sem ter sequer o quanto seja amigo
Ou mesmo acalentasse uma esperança.
Emaranhados ditam labirinto,
E o mundo; em derrocada, também sinto,
Num tempo que sem paz alguma, avança...
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário