CONVIVAS
Nas festas que sangramos, dois convivas.
Nas orgias bacantes, feiticeiros.
As carnes que cortamos, foram vivas,
Os olhos que comemos, costumeiros...
As pernas amputadas mais altivas,
Em dentes que mastigam brasileiros
Durante as madrugadas sem esquivas,
Os penhascos saltamos, verdadeiros...
Nesta festa dançavam velhos ogros,
Devoravam crianças sempre rindo...
Mortos mães, pais seus filhos e seus sogros,
A porta da desgraça sempre abrindo..
Os restos da família dei aos cães.
Repartindo, solícito, tais pães!
Em homenagem às elites tão atenciosas deste País
MARCOS LOURES
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