sábado, 7 de julho de 2012

QUEM DERA...

QUEM DERA...

Quem dera se, de lágrimas isento,
Passasse a minha vida sem saber
Do verdugo voraz deste prazer
Que mina e já demanda sofrimento.

Amores quando soltos, bebem vento
E dormem envolvidos em lazer.
Procuro, nos teus seios, acender
O fogo que sossegue o pensamento.

Quem sabe a recompensa mais completa,
Cobiças e delírio tão dileto.
A vida remoçando em nova meta.

Desejos explodindo! Assim, repleto,
Marcado por Cupido, em doce seta
Renasço em teus carinhos, tanto afeto...

MARCOS LOURES

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