sexta-feira, 6 de julho de 2012

SANGRANDO SEM PARAR

SANGRANDO SEM PARAR

O vento vai sangrando sem parar,
Tocando a velha porta e seu batente.
No desespero sempre a me mostrar,
O mundo que se vai, velho e doente...

A noite tão escura sem luar,
O canto que eu escuto, mais plangente,
Mostrando como é triste o tanto amar,
Morrendo o que se fora assim, contente...

Desculpe-me chorar, meu bom amigo,
A vida não permite outra esperança.
Passo titubeante que prossigo,

Levando ao quase nada. Eis a verdade,
Por isso é que te peço a temperança
Da força sem limites, a amizade...

MARCOS LOURES

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