DUROS PESADELOS
Em duros pesadelos, noite passa
Expondo estas verdades que eu carrego.
No dia, a claridade já disfarça
E oculto de mim mesmo, mudo e cego.
Porém o que fazer? Expor-me em praça
Pública? Meus temores, quando os nego,
Guardados na gaveta, exposta à traça;
Em falsa sensação à qual me apego,
Ressurgem toda noite a me assombrar.
Latentes, estas dores latejantes
Explodem num gelado e imenso mar.
Tomada sem ter tréguas por terror
Minha alma nas procelas perturbantes
Demonstra-se refém deste pavor...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário