QUE FAÇO SE PROCURO...
Que faço se procuro e não me calo,
Embora saiba: amor, uma mentira
Na qual por ilusão, eu tanto falo.
A doce solidão fazendo mira
Trazendo em minha vida, o seu regalo.
Amor sem ter limites, morta a lira?
Bem sei que não. Amor é corriqueiro
E morre mal começa no meu peito.
Um sonho assim imaterializado
Em nada se mostrando satisfeito,
Matando toda flor de simples prado
Desmente-se sem nexo em cada preito,
Resquícios de emoções do meu passado.
Amor quando demais, da dor o fulcro
Prepara em ironias, meu sepulcro!
MARCOS LOURES
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