UMA SORTE DIVERSA
Quimera que deveras não me deixa
A sorte não podia ser diversa
A noite entre fantasmas se dispersa
Ouvindo no final apenas queixa.
Quem fosse que pudesse traduzir
A voz inebriante do passado
Tentando consertar o mais errado
Desejo a impedir qualquer porvir.
Abençoada mão que esbofeteia
E corta em mil pedaços cada sonho.
Espectro de mim mesmo que componho
Vagando pelas luzes da candeia
Enquanto bruxuleia esta saudade
O medo aos poucos doma e tudo invade...
MARCOS LOURES
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