domingo, 6 de dezembro de 2015

Dormir... e o pesadelo continua,
a faca adentra além do que esperava,
a boca derramando amarga lava
a morte ora voraz, audaz e nua,

a sórdida expressão temível crua
e o canto que outro encanto ora esperava
esbarra no portão, terrível trava.
uivando o coração, brumosa lua...

não quero mais a gota deste orvalho,
o peso de uma vida em seco atalho
encontra esta navalha escancarada.

vestindo simplesmente outro senão,
em ávida certeza, a podridão
derrama cada gota na calada...

Marcos Loures.

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