sábado, 12 de dezembro de 2015

DUETO: O VERSO – 12/12/15 MARCOS LOURES & SOL Figueiredo


Meus dias entre tantos se perdendo
E sei que no final nada teria
Sabendo da total aleivosia
O mundo que se mostra é vão remendo.

O porto noutro instante se prevendo
O verso traz apenas a agonia
E o canto sem saber de uma harmonia
Somente traduzindo o quanto emendo.

Versando sobre o medo e nada após
A luta se aproxima em rudes nós
E as nódoas demarcadas: solidão,

Meu verso se tentara pelo menos
Viver dias suaves e serenos,
Mas sei que na verdade não virão.

Marcos Loures

O verso que quisera por inteiro
Se formou passo a passo, dia a dia...
Transformando esse amor em poesia
De um livro já sem capa, derradeiro!...

Meu verso não quisera ser certeiro,
Se a palavra vã não mais caberia,
Querendo só um amanhã: utopia.
Verdade verdadeira? Amor primeiro!...

Mentiras, ilusões, desilusões,
Palavras ditas, palavras malditas,
Palavras frias, quentes por paixões...

Fantasias Dantescas, quão piegas...
Almas tão sofredoras são aflitas
Na página já lida, apenas pregas!

SOL Figueiredo – 12 de dezembro de 2015 – 18h.

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