quisera ser, talvez além do pó,
esparramado entre as paredes mais esquálidas,
tentando adivinhar entre crisálidas
a vida sem ser vil, sem ser tão só,
buscando entre os retratos do que outrora
bebera até fartar em ilusões,
os olhos entre os frágeis diversões,
porém todo o presente me devora,
sardônico sorriso deste ignaro
expressa tal tolice que ora mato,
e quando ao fim da festa me retrato,
resgato o verso amargo e me declaro.
escória entre as escórias, meu refúgio,
ousando na esperança, um subterfúgio...
Marcos Loures
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