terça-feira, 8 de dezembro de 2015

quisera ser, talvez além do pó,
esparramado entre as paredes mais esquálidas,
tentando adivinhar entre crisálidas
a vida sem ser vil, sem ser tão só,

buscando entre os retratos do que outrora
bebera até fartar em ilusões,
os olhos entre os frágeis diversões,
porém todo o presente me devora,

sardônico sorriso deste ignaro
expressa tal tolice que ora mato,
e quando ao fim da festa me retrato,
resgato o verso amargo e me declaro.

escória entre as escórias, meu refúgio,
ousando na esperança, um subterfúgio...

Marcos Loures

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