sábado, 12 de dezembro de 2015

O quanto tantas vezes foi demais
A mais do que pensara em outros dias.
As vias que eu pensara confluentes
Afluentes dos sonhos se perderam.
Muito do que buscara em noite rara
Ampara o desengano que se fez.
O mês passando a vácuo, sem proveito
No leito já vazio jaz a sorte.
Consorte desta imagem diluída
Na vida que não pude desfrutar
Altares, catedrais, festas e risos.
Avisos esquecidos na ante-sala
A fala que falseia enquanto abate.
Debate com a vida a cada verso.
Expresso o meu desejo sem limites.
Evitas, mas tu sabes que te quero.
Espero e recomeço esta vigília,
Na trilha das pegadas que deixaste
Contrastes entre partes tão diversas,
Dispersas madrugadas foram rotas.
Esgotas teus caminhos em meus braços
Nos aços de teus olhos, óleos hóstias
Hostis palavras morrem no passado,
Realças meus desejos mais sutis.
No bis que sei por certo pedirei,
Direi o amor que tanto desejei...

marcos loures

Nenhum comentário: