sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Pudesse confessar os meus pecados,
Eu creio: fugirias num segundo,
Segredos com certeza bem guardados,
De um torpe coração tão vagabundo.

Porém estão lançados estes dados,
Quem sabe tu verás um ser imundo,
Tomando em minhas mãos, destinos, Fados,
Na lama a cada dia me aprofundo...

A podridão de uma alma; agora nua,
Num cárcere profano continua,
Regida por demônios mais diversos.

Mas passo assim sorrindo pela rua,
Olhando calmamente para a lua,
Declamando, suave, doces versos...


marcos loures

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