sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

PELO AMOR DE DEUS

Não quero o deus que cobra seus impostos
Tampouco padres; tétricos cantores
A multidão estúpida; seus rostos
Marcados pela voz dos impostores.

Não arredam o pé; mantêm seus postos,
Cordeiros idolatram tais pastores
Das oferendas pútridos encostos
Igrejas depositam vãos penhores.

E o amor há tanto tempo desprezado
Jogado entre os esgotos das cidades.
O Cristo por canalhas explorado

Exposto nas entranhas de um zoológico
Na cruz; qual fora pássaro em mil grades
Retrato de um desenho vil e ilógico...

marcos loures

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