O verso sendo inútil; morra a esmo,
É tempo que se joga da janela,
O beijo do fantasma em que se atrela
O sonho, na verdade é sempre o mesmo.
Cismando pelas ruas; bebo o vento
Vomito fantasia e volto só,
Amarga a vida imita esse jiló
A melhor tradução do sentimento,
Não quero esta palavra tão soturna,
Se a minha inspiração sempre é diurna
De que me vale o bar e as aguardentes,
Aguardo o meu final, apenas isso,
E o esquecimento é tudo o que cobiço
Trazendo a velha faca entre meus dentes...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário