quinta-feira, 29 de março de 2018

APENAS ISSO

O verso sendo inútil; morra a esmo,
É tempo que se joga da janela,
O beijo do fantasma em que se atrela
O sonho, na verdade é sempre o mesmo.

Cismando pelas ruas; bebo o vento
Vomito fantasia e volto só,
Amarga a vida imita esse jiló
A melhor tradução do sentimento,

Não quero esta palavra tão soturna,
Se a minha inspiração sempre é diurna
De que me vale o bar e as aguardentes,

Aguardo o meu final, apenas isso,
E o esquecimento é tudo o que cobiço
Trazendo a velha faca entre meus dentes...


MARCOS LOURES

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