Quisera inutilmente perceber
Que ainda poderia crer no rumo
Mesmo tão desairoso. Assim assumo
Os riscos inerentes do prazer.
Pagando novamente para crer,
Da fruta mais azeda tomo o sumo,
O gozo deste bem feito em consumo
Aguarda a curva inóspita do ser.
Ser mais ou ser tão pouco quem me dera,
Sertão anunciando a primavera,
Quem sabe finalmente, ser feliz
Metendo o meu bedelho em todo canto,
Agora só me restam dor e pranto
Sabendo que quebrei o meu nariz...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário