Não boto mais a mão numa cumbuca
Mesmo que esteja cheia, pois surpresa
Fazendo do imbecil, a caça e a presa,
Quem sabe o quanto dói jamais cutuca.
Sentindo um arrepio pela nuca,
A moça pensa logo em safadeza,
Porém todo marmanjo que se preza
Sem pressa vai deixando ela maluca.
Bisonhos sofrimentos da novela,
Na face entristecida se revela
Depois dá um trabalho convencer
Que tudo não passou duma ficção,
Garante uma hora e meia de aflição,
Mal paga com segundos de prazer...
MARCOS LOURES
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