sexta-feira, 30 de março de 2018

MINHA TROIA

Quisera ter o porte da sequoia
Jamais eu temeria vendavais,
Porém a vida guarda nos bornais
Apenas esta antiga paranoia.

Minha alma perde o peso e ainda boia,
Tentando perceber se existe cais,
Eu sei que os ventos surgem desiguais,
Não posso fazer disso a minha Troia.

Mostrando do revólver, a coronha,
Quem bebe fantasia sempre sonha
Depois é que são elas, sim senhor.

Na cabeça do prego? Uma porrada,
Diabinho me diz que foi bem dada,
Porém já não suporto a tua dor...


MARCOS LOURES

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