Perdoe se inda sonho assim contigo,
Não devo, isso bem sei, não é direito...
O tempo que se perde e que persigo
Vivendo a transtornar meu velho peito...
O céu em níveas nuvens, sem mormaço,
Promete tal calor que não suporto...
Esqueço de viver um manso abraço
Atraco meus navios noutro porto...
Talvez ressurja calma uma alvorada
Não creio, mas pretendo ser feliz...
Depois de tanta luta, sem ter nada,
A nuvem vai mudando o seu matiz...
Das chuvas que virão, em tempestade,
Quem sabe irá nascer felicidade?
MARCOS LOURES
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